Autor: lucaspsps2@gmail.com

O CFOP 2 652 é empregado para registrar a compra de combustíveis ou lubrificantes de fornecedores localizados em outros estados que serão revendidos (comercializados) sem passar por um processo de industrialização. É o código comum para postos de gasolina, distribuidoras de combustíveis e lojas que vendem lubrificantes que adquirem seus produtos de fora do estado.

Exemplo prático: Um posto de gasolina em Belo Horizonte, Minas Gerais, compra um carregamento de etanol de uma usina no interior de São Paulo para revender aos seus clientes. A entrada desse etanol no posto será registrada com o CFOP 2 652.

Este CFOP é utilizado para registrar a compra de combustíveis ou lubrificantes de fornecedores em outros estados que serão utilizados em um processo de industrialização subsequente. Isso significa que o combustível ou lubrificante não será o produto final, mas um insumo essencial na fabricação de outro item.

Exemplo prático: Uma fábrica de tintas em São Paulo compra solventes à base de petróleo de uma refinaria no Rio de Janeiro. Esses solventes serão misturados com pigmentos e outros componentes para produzir tintas. A entrada desses solventes na fábrica será registrada com o CFOP 2 651.

Este CFOP é utilizado para registrar o ressarcimento do ICMS que foi pago antecipadamente (retido) por substituição tributária, mas que por algum motivo (por exemplo, venda abaixo da base de cálculo presumida, desfazimento da operação ou exportação do produto) a empresa tem direito a reaver, sendo a operação originada em outro estado.

Exemplo prático: Uma distribuidora de medicamentos no Rio de Janeiro adquire produtos sujeitos à substituição tributária de um laboratório em São Paulo. Se parte desses medicamentos for vendida para fora do estado ou para um consumidor final a um preço que gera um ressarcimento do ICMS-ST pago a maior, o registro desse valor de ressarcimento pela distribuidora será feito com o CFOP 2 603.

O CFOP 2 600 é um código geral que abrange as entradas relacionadas a créditos e ressarcimentos de ICMS, quando as operações ocorrem entre estados diferentes. Ele serve para registrar o recebimento de valores ou direitos de crédito do imposto, seja por ressarcimento de valores retidos em operações interestaduais.

Exemplo prático: Uma empresa em São Paulo recebe um documento fiscal que concede o direito de ressarcimento de ICMS sobre uma operação interestadual específica. A entrada contábil desse valor será registrada com um CFOP iniciado em 2 600.

Este CFOP é para registrar a transferência de materiais para uso ou consumo entre diferentes estabelecimentos da mesma empresa, localizados em estados diferentes. Isso permite a movimentação de estoque de itens como materiais de escritório ou de limpeza entre filiais ou departamentos em UFs distintas.

Exemplo prático: Uma rede de hospitais transfere material de escritório (papel, canetas) de seu almoxarifado central em Belo Horizonte, Minas Gerais, para uma de suas unidades hospitalares em Vitória, Espírito Santo. Essa transferência será registrada com o CFOP 2 557.

O CFOP 2 556 é usado para registrar a compra de materiais que serão utilizados no dia a dia da empresa e que não serão revendidos nem farão parte do processo de industrialização, quando a aquisição é feita de um fornecedor em outro estado. São materiais que se esgotam com o uso, como material de escritório, limpeza, peças de reposição de baixo valor, etc.

Exemplo prático: Um escritório de contabilidade em Salvador, Bahia, compra cartuchos de impressora de uma distribuidora de suprimentos em São Paulo. A nota fiscal de compra desses itens para uso interno será registrada com o CFOP 2 556.

Este CFOP é para registrar a entrada de um bem do ativo imobilizado que pertence a um terceiro, localizado em outro estado, mas que foi remetido para ser utilizado dentro do seu estabelecimento. Isso pode acontecer em contratos de comodato ou aluguel de equipamentos de outras empresas.

Exemplo prático: Uma fábrica de embalagens no Rio Grande do Sul recebe uma máquina injetora em regime de comodato de um fornecedor de matéria-prima em Santa Catarina, para uso exclusivo na produção de embalagens. A entrada dessa máquina na fábrica, que não é de sua propriedade, será registrada com o CFOP 2 555.

O CFOP 2 554 é utilizado para registrar o retorno de um bem do ativo imobilizado que havia sido enviado temporariamente para uso fora do estabelecimento principal da empresa em outro estado. Isso pode incluir equipamentos que foram para manutenção externa, demonstração em feiras, ou utilização em projetos em outra unidade federativa.

Exemplo prático: Uma empresa de equipamentos industriais em São Paulo envia um maquinário para uma feira de tecnologia no Paraná para demonstração. Ao término da feira, o maquinário retorna para a sede da empresa em São Paulo. Essa entrada de retorno será registrada com o CFOP 2 554.

Este CFOP é para registrar a devolução de um bem do ativo imobilizado que sua empresa havia vendido para um cliente em outro estado. Isso pode ocorrer por diversos motivos, como desistência da compra pelo adquirente, inconformidade do bem, ou cancelamento da operação.

Exemplo prático: Uma empresa de construção civil em Minas Gerais vendeu um guindaste usado para uma empresa em Goiás. Por algum motivo, o guindaste é devolvido pela empresa de Goiás. A entrada desse guindaste de volta no ativo da empresa vendedora em Minas será registrada com o CFOP 2 553.

O CFOP 2 552 é empregado para registrar a transferência de um bem do ativo imobilizado entre diferentes estabelecimentos da mesma empresa, localizados em estados diferentes. Essa operação não envolve venda, apenas a movimentação interna do patrimônio entre filiais ou matriz e filial em UF distintas.

Exemplo prático: Uma empresa de logística transfere um caminhão de sua filial em São Paulo para ser utilizado em sua filial no Rio de Janeiro. Essa movimentação interestadual será registrada com o CFOP 2 552.