Autor: lucaspsps2@gmail.com

O CFOP 2 118 é utilizado em operações de venda à ordem quando a compra de mercadoria para comercialização é feita pelo adquirente original, mas a entrega é realizada diretamente pelo vendedor remetente a um terceiro (o destinatário final), sendo a operação originada de outro estado.

Exemplo prático: Uma distribuidora de eletrônicos no Rio de Janeiro (adquirente original) compra televisores de um fabricante em Manaus (vendedor remetente) e os vende para uma grande varejista no Rio de Janeiro (destinatário). A distribuidora instrui o fabricante a entregar os televisores diretamente na loja da varejista. A distribuidora, ao registrar a compra dos televisores para comercialização, usará o CFOP 2 118.

O CFOP 2 117 se aplica à compra de mercadorias destinadas à comercialização que foram encomendadas previamente de um fornecedor de outro estado e têm previsão de recebimento em um momento posterior.

Exemplo prático: Uma loja de departamentos no Ceará encomenda uma nova coleção de roupas de uma confecção em Santa Catarina, com entrega programada para a próxima estação. A entrada dessas roupas, quando recebidas, será registrada com o CFOP 2 117.

O CFOP 2 116 é usado para registrar a compra de produtos que serão utilizados na industrialização ou produção rural, mas que foram encomendados antecipadamente de um fornecedor de outro estado e serão recebidos em uma data futura.

Exemplo prático: Uma indústria de laticínios no Paraná encomenda uma grande quantidade de leite de uma cooperativa em São Paulo para ser entregue em 2 meses, com o objetivo de industrializar queijos e iogurtes. A entrada desse leite, quando ocorrer, será registrada com o CFOP 2 116.

O CFOP 2 113 é utilizado quando a empresa adquire mercadorias que estavam anteriormente em seu poder sob regime de consignação mercantil, vindas de outro estado, e que serão destinadas à comercialização (revenda).

Exemplo prático: Uma loja de brinquedos em Santa Catarina recebe bonecas em consignação de uma importadora de São Paulo. Ao vender algumas dessas bonecas, a loja efetua a compra dessas unidades. Essa compra será registrada com o CFOP 2 113.

O CFOP 2 111 é específico para a aquisição de mercadorias que foram recebidas previamente em consignação industrial de um fornecedor de outro estado, e que agora estão sendo efetivamente compradas para serem utilizadas no processo de industrialização.

Exemplo prático: Uma indústria de cosméticos em Goiás havia recebido um lote de essências em consignação de um laboratório em Minas Gerais. Após aprovar as essências, a indústria decide comprá-las para sua produção. A compra será registrada com o CFOP 2 111.

O CFOP 2 102 é empregado para registrar a compra de mercadorias que serão revendidas sem sofrer qualquer processo de industrialização no estabelecimento, quando a compra é realizada de outro estado.

Exemplo prático: Uma loja de eletrônicos no Rio de Janeiro compra televisores de um distribuidor em São Paulo para revender. A entrada desses televisores na loja será registrada com o CFOP 2 102.

O CFOP 2 101 é utilizado para registrar a compra de insumos, matérias-primas ou outros produtos que serão transformados no processo industrial ou de produção rural do estabelecimento, quando a aquisição é feita de outro estado.

Exemplo prático: Uma indústria de alimentos no Rio Grande do Sul compra milho de um produtor rural em Mato Grosso do Sul para usar na fabricação de ração. A entrada desse milho para industrialização será registrada com o CFOP 2 101.

O CFOP 2 100 é o ponto de partida para classificar a entrada de mercadorias destinadas à industrialização, comercialização ou para serem utilizadas na prestação de serviços, quando a compra ocorre de outros estados (operação interestadual). Ele indica que a finalidade da mercadoria é uma das três opções mencionadas, mas a grande diferença é a origem do fornecedor.

Exemplo prático: Uma fábrica de sucos no Ceará compra concentrado de laranja de um fornecedor em São Paulo. Essa compra, destinada à industrialização, mas vinda de outro estado, será registrada com um CFOP iniciado em 2 100.

O CFOP 2 000 é um código genérico que abrange todas as entradas de mercadorias ou aquisições de serviços que ocorrem de outros estados (operações interestaduais). Ele serve como o ponto de partida para a classificação de diversas operações de recebimento que envolvem fornecedores ou prestadores de serviço localizados fora do estado de sua empresa.

Exemplo prático: Uma loja de móveis em Minas Gerais compra cadeiras de um fabricante no Paraná. A nota fiscal de entrada dessas cadeiras na loja mineira terá um CFOP iniciado em 2 000, indicando a origem interestadual da operação.